Ohayo! Não, vc não errou de endereço. Este continua sendo um blog de scrapbook! Hahahah. Mas, quem me acompanha nas redes sociais sabe que acabamos de fazer uma viagem incrível para o Japão. E viajar para o Japão não é tão comum, como ir pra Orlando. Pesquisamos muuuito antes de embarcarmos. Ao compartilhar com vocês nossa experiência nos Stories do Instagram, muitos me pediram dicas. Então, achei legal vir aqui contar alguns detalhes que fizeram a diferença pra nós, caso vc deseje um dia visitar esta terra tão maravilhosa! O que acham? É claro que em breve eu venho com os posts do álbum da viagem! #oremos!
Vou tentar responder algumas perguntas que mais recebi por direct aqui também, ok?
Porque escolheram o Japão?
Essa foi uma pergunta que ouvi MUITO! Quando dizia que ia pro Japão alguém perguntava “Mas seu marido é descendente de Japoneses?”. Juro que não entendia! Hahahaha. Só nikeis podem ir pro Japão? Ouvi também “Japão? O que tem pra fazer no Japão?” Hahahaha. Descobri que sabemos muito pouco sobre este país. Ele nos surpreendeu em todos os aspectos. TODOS. Foi a cultura mais diferente da nossa que já conheci, acho que por isso foi tão especial! A educação, a maneira com que te tratam, tudo funciona! Sem contar as paisagens lindíssimas que vimos no caminho! Mas voltando a pergunta, sempre quis conhecer o Japão. Essa coisa deles com o artesanato, os origamis, sempre me atraiu! De tanto eu falar, o Renan começou a se animar também! E foi a melhor decisão que tomamos.
Qual é o processo para fazer essa viagem?
Bom, ao começar a planejar, vimos que não era assim tão fácil. Precisávamos de um visto que não é tão simples de conseguir. Procuramos uma agência de viagem (Agência Avenida, em Londrina) e eles fizeram todos os tramites pra nós. Pagamos R$400,00/cada (eita!!). Li que a taxa do visto é bem mais barata que isso, mas a agente precisa simular um roteiro, uma reserva de passagem, etc. Então esse custo é mais pelo trabalho dela. Ela sempre frisava “Nããããão compre a passagem antes do visto sair! É um visto muito negado!”. Mas, nosso visto saiu! Deu tudo certo. Após tirar o visto vc tem 3 meses (isso, TRÊS MESES) para ir. Ou seja, não dá pra se programar muito antes. Tínhamos 3 meses para ir e permissão para permanecer por 30 dias. Deus preparou uma passagem super legal pra nós e menos de 1 mês antes de embarcarmos compramos as passagem e aí começou o planejamento!
Tá, temos o visto e as passagens! E agora?
Depois disso fomos definir nosso roteiro. Nós não conhecemos muitas pessoas que foram para o Japão. Minha vó já foi, mas foi de excursão, o que não era nosso caso. Então, tivemos grande ajuda de 2 amigas. Da Priscila Santana (que viajou pra lá em 2016) e da Thais Fujarra (que já morou no Japão). Elas nos ajudaram a ajustar nosso roteiro, dizendo quantos dias seriam necessários em cada cidade e quais cidades não poderíamos perder. A única parte da viagem que terceirizamos foi para tirar o visto mesmo. Todo o resto fizemos por conta, tudo. Mediante a ajuda delas e muita leitura de blogs decidimos que ele ficaria assim.
Quando fazemos essas viagens de muitos dias em muitas cidades eu sempre faço um esboço assim no computador pra não me perder. Facilita muito! Vou anotando compromissos que agendamos previamente. (Acredite, mesmo assim perdemos o jogo do PSG! Hahahahah).
Na hora de decidir a ordem das cidades é importante que vc esteja com um mapa aberto para ver qual será a sequência. Meio óbvio né? Mas é bom dizer! Hahaha.
O tempo nas cidades foi suficiente?
Sim! Depois das dicas das nossas amigas acertamos em cheio. O tempo foi suficiente em cada cidade sim. Talvez se tivéssemos mais 1 dia em Kyoto seria legal. Mas nossa viagem já estava com 22 dias, achamos que mais que isso seria inviável.
Vamos escolher os hotéis?
Eu amo/odeio essa parte! Hahahaha. Odeio começar, me dá uma preguiiiiiça, mas quando começo vou me animando! Sempre pesquiso primeiro no booking.com. Escolho o hotel por lá. Depois vou pro trivago pra ver onde está mais barato. Se no booking e no hotéis.com estiver o mesmo preço, reservo pelo hotéis. Lá, a cada 10 diárias ganho 1. Por isso sempre dou preferência pelo Hoteis.com. Nessa viagem fiz todas as reservas dos hotéis tradicionais pelo hotéis.com. Veja a lista dos nossos hotéis:
Tokyo – APA Hotel Shibuya
Hakone - Musashino Bekkan (reservei pelo www.the-ryokan.com)
Kyoto – Kyoto Royal Hotel & Spa
Osaka – Hotel Keihan Kyobashi Grande
Naoshima Island – Benesse House (reservei pelo http://benesse-artsite.jp)
Hiroshima – Hotel Granvia Hiroshima
Narita – APA Hotel Keiseinarita-ekimae
(Vou fazer um post falando o que fizemos em cada cidade e lá eu conto o que achei dos hotéis, ok? Aguarde!)
Como se locomover de uma cidade pra outra?
Li muito sobre isso antes de ir, pq parece confuso. Mas chegando lá você vê que é muito fácil. Vou tentar resumir. No Japão funciona assim: o transporte é feito por várias companhias que terceirizam as linhas de trem, metro, ônibus, etc. Uma destas companhias chama JR (Japan Rail). É a JR que tem os trem balas, são eles que vão te levar de uma cidade pra outra (aiiiii é tão legal ver os trens andando naquela velocidade!). Mas, a JR também tem linhas de metrô, ônibus, etc. A JR disponibiliza um passe para estrangeiros que chama “Japan Rail Pass”. Vc pode comprar ele para 7, 14 ou 21 dias. Esses passes não são baratos, compramos o de 14 dias por U$406 + taxa de entrega. Vc precisa comprar no Brasil, antes de viajar. Eles te mandam via Sedex, comprei no site deles mesmo (http://www.japanrailpass.net). Vc não consegue comprar esse ticket no Japão, tem que comprar antes de ir. Lembra que minha viagem era de 22 dias? Eu fiz as contas para sair de Tokyo faltando 14 dias pra minha viagem acabar, então, ativei o JR só no dia que sai de lá. Dentro de Tokyo não usamos o JR. Ficava mais barato do que comprar o Thicket de 21 dias, entendeu? Pra você ver se compensa pra você comprar tem que ver para quantas cidades irá e quanto custa as passagens avulsas sem o JR Pass.
Essa foto não é nossa. O Fuji fica assim na primavera, como fomos no verão ele estava sem neve no topo. Fonte: https://vidaniponica.wordpress.com
Com o JR Pass na hora de irmos de uma cidade pra outra é só apresentá-lo no portão. Super simples. Amamos!
E como é o transporte dentro das cidades?
Bom, já expliquei essa questão das companhias. Então, por ex, as vezes no metrô de Tokyo precisávamos pegar um trajeto que passava por 2 companhias diferentes. Aí você tem que comprar um ticket, depois sair e comprar outro para entrar na ala da outra companhia. Outra coisa: lá você paga pela distância que vai percorrer. Não é como SP, por ex, que você compra um ticket de metro e anda quanto quiser. Então sempre antes de embarcar você precisa ver nos painéis quanto você vai andar e quanto custa ir até lá. Caso você erre na tarifa, tudo bem. Na hora se sair sua catraca vau travar e você vai lá e ajusta a tarifa. Ninguém vai te olhar com cara feia por causa disso. Nos primeiros dias erramos as vezes! Hahahah. Depois que você pega o jeito é fácil!
Algumas cidades, como Hiroshima por ex, o JR cobre uma grande parte da cidade. Em Hiroshima não gastamos 1 iene com passagens internas. Tinha até um daqueles ônibus de turismo (tipo hop on hop off) da JR. No caso de Tokyo, só ativamos nosso JR na hora de irmos embora, então pagamos todas as despesas com passagens internas na cidade.
O transporte público no Japão é o melhor que já vi na vida. Mostrei em um stories o cruzamento de Shibuya (aquele super famoso com mil pessoas ao mesmo tempo) às 18hrs. Quase não se vê carros nas ruas neste horário, mas muitaaaa gente saindo do metrô. Pq o sistema publico lá funciona, quase ninguém tem carro. Ah, outra coisa legal, não se pode estacionar nas ruas. Não se vê nenhum carro estacionado nas ruas, só em estacionamento. Uma pessoa que mora lá nos disse que os estacionamentos são muito caros. Por isso também as pessoas não tem carros, ou quando tem usam só nos finais de semana. Demais né? Não usamos taxi nenhuma vez no Japão!! O transporte lá é perfeito!
O que é essencial para fazer esta viagem?
É claro que essa pergunta é bem relativa. Mas tem 2 coisas que na nossa opinião são essenciais para que a sua viagem ocorra da melhor maneira possível. Elas são: pocket wi-fi e bateria extra.
Explico: quando você chega no Japão com um fuso de 12hrs na cabeça (e como era o nosso caso, 40hrs de viagem) você está meio zureta. Aí você olha aquele tanto de linhas do metrô que mais parece um arco-íris, você não sabe o que fazer. Hahahaha. Por isso, você precisa de internet. Mais precisamente de um google maps. Nessa hora o pocket wi-fi vai fazer a diferença. A Pri nos deu a dica da internet e foi ótima. Reservamos antes de sair de viagem. Você paga para quantos dias quiser e coloca onde você prefere retirar. Nós escolhemos no aeroporto que chegamos em um correio. Chega lá, apresenta seu passaporte e retira. Dentro do envelope vem: o moldem, um cabo de energia, um plug de tomada e uma bateria extra (não é essa da foto, uma menorzinha), e um envelope pra você devolver. Eu não sei quantos devices você pode conectar ao mesmo tempo, mas conseguimos todos que precisávamos (que eram 2 celulares e 1 computador). Deixávamos ele carregando todas as noites e tirávamos de manha. A bateria do moldem acabava por volta das 20hrs, por isso vem com a bateria extra. Reservamos no site (www.econnectjapan.com) e pagamos cerca de R$320,00 para os 22 dias na internet 4g. Não nos deixou nenhum dia na mão (Japão, né mores?). Na hora de irmos embora você deixa no correio junto com o envelope que veio junto, não paga nada! As lágrimas por ter que deixar essa belezinha lá e ir embora estão inclusas no pacote! :p
O outro essencial pra mim é uma bateria extra. Sem contar a do wifi. Essa é minha queridinha, vivo com ela na bolsa. Comprei no Brasil no site http://www.powerbankbrasil.com.br e tem sei lá, 8 cargas. Você não pode ficar sem bateria pelo motivo que eu expliquei em cima sobre as mil cores das linhas de metro, etc! Hahaha.
Sempre ouvi que ir para o Japão é muito caro. Quanto vocês gastaram por dia?
Bom, sempre tenho uma regra para minhas viagens. Fazemos uma conta de 100 dólares/euros por casal por dia para: alimentação, passagens de metro, entradas (passagens com hospedagem não entram nessa conta, ok?). Na Europa e EUA, dava. Então fui com essa mesma regra para o Japão. Nos programamos para gastar 10.000 ienes por dia (+- 100 dólares) e deu! Claro que sempre tem um dia que gastamos mais, no outro menos. Aquela máxima né, se vai jantar legal almoça um sanduíche da loja de conveniência. Claro que nesse valor não está incluso os extras como: um jantar legal que fizemos no nosso aniversário de casamento, presentinhos e as 2024 washitapes que comprei! Hahahaha. Bom, isso só prova que minha regra funciona também na Ásia! Claro, funciona pro nosso padrão de viagem, talvez não pro padrão Neymar de viagem! Hahahaha.
Anotamos dia-a-dia quanto gastamos. Depois de alimentação, o que mais gastamos foi com transporte interno dentro das cidades. Mesmo com o JR, muitas cidades o JR não cobria tudo. Mas numa média deu certo. Pra você ter uma ideia de alguns custos:
Almoço no MC pedindo 2 numeros: 1600,00 ienes (+- R$45,00)
Garrafa de água: 130 ienes (+- R$3,70)
Jantar no Hard Rock Cafe: 10.000,00 ienes (R$300,00) – nossa cota do dia! Jantar no HRC era luxo! Hahah
Café da manhã em loja de conveniência: 800 ienes (+- R$23,00)
1 rolo de washitape: entre 150 ienes e 300 ienes (R$4,20 e R$9,00)
Entradas nos templos: varia, mas geralmente 300 ienes (R$9,00)
Bom gente, acho que por hoje é só. Deu pra me distrair aqui na nossa conexão.
O que vocês acharam do post? Penso em fazer um outro contando um pouco sobre o que fizemos em cada cidade. Além é claro, de voltar com o álbum pronto que estou louca para começar.
Se você tiver alguma pergunta sobre nossa viagem, deixe aqui nos comentários que eu tento responder no próximo post!
Beijos e obrigada por chegar até aqui!
Arigatô gozaimasu!